Você muito provavelmente já ouviu falar sobre o HIV, certo? Mundialmente famoso, esse vírus é o responsável por uma das doenças mais problemáticas de toda a história da medicina.
Infelizmente, o vírus do HIV também é um problema que acomete os gatos de todo o planeta. Por isso, a informação sobre essa doença é essencial para mantê-los saudáveis.
Apesar de não ser exatamente o mesmo vírus, tanto o causador da AIDS humana quanto o vírus dos gatos são semelhantes em estrutura e pertencem ao mesmo gênero.
Isso faz com que os problemas causados por eles sejam também bastantes parecidos, atacando principalmente o sistema imunológico, inclusive dos felinos selvagens.
Mas afinal, o que é a FIV? A seguir, apresentamos de modo aprofundado esse tema, para que você fique bem informado sobre o assunto e saiba como manter o seu gato longe desse problema.
O que é a AIDS felina?
A AIDS felina, também conhecida como FIV (feline immunodeficiency virus, ou vírus da imunodeficiência felina) é uma doença de origem viral. Ela foi primeiramente identificada no ano de 1986, nos Estados Unidos.
No Brasil, o primeiro caso apareceu alguns anos depois, em 1993. Hoje, o vírus está disseminado por todo o mundo, sendo mais comum em locais com alta densidade de felinos abandonados ou com acesso às ruas.
A principal característica dessa doença é a capacidade do vírus de atuar diretamente nos linfócitos T, células de defesa essenciais para o sistema imunológico. A sua ação destrói as células, tornando-as insuficientes dentro do organismo do animal portador.
Como a FIV é transmitida entre os gatos?
Em primeiro lugar, é essencial explicar que a FIV não é uma zoonose, ou seja, ela não passa dos gatos para os seres humanos.
Portanto, é perfeitamente seguro ter um gatinho portador dessa doença em sua casa (adotá-los é, inclusive, um grande ato de amor).
A transmissão da AIDS felina se dá por meio do contato com o sangue infectado. No caso dos gatos, o contágio ocorre por conta de mordidas ou arranhões, normalmente durante brigas. A segunda via de transmissão é a placentária, da mãe para os filhotes.
Os mais acometidos são gatos machos adultos com livre acesso às ruas. Outro fator importante é a condição de saúde do animal.
Quais são os principais sinais dessa doença?
Os sintomas da FIV podem ser muito variados e até mesmo inespecíficos. Além disso, as causas dos sinais também podem ser diferentes, derivando da própria infecção com o vírus ou até mesmo da contaminação por outras doenças, que se fixam no organismo graças à deficiência do sistema imunológico.
Além disso, alguns felinos podem ser completamente assintomáticos por muitos anos, o que acaba dificultando ou retardando um diagnóstico preciso. No entanto, os sintomas mais comumente observados são:
Febre;
Úlceras na boca;
Diarreia;
Vômitos;
Espirros;
Tosses;
Dificuldade respiratória;
Letargia;
Prostração
Perda de peso;
Falta de apetite;
Agressividade;
Convulsões.
Como podemos perceber, os sinais são bem variados e normalmente dependem de outros vírus ou bactérias atuantes. Essas são conhecidas como doenças oportunistas, uma vez que se aproveitam do sistema imunológico debilitado para atacar o organismo do animal.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico das infecções por FIV e FeLV é feito pela associação do exame clínico, geralmente inconclusivo, com exames laboratoriais complementares.
Os testes sorológicos para detecção de anticorpos específicos ou antígenos virais são muito utilizados, como o ensaio de imunoadsorção enzimática – ELISA.
Além disso, testes moleculares, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), são eficientes para a detecção do vírus.
Quais são as opções de tratamento mais utilizadas?
Infelizmente, não há uma cura para a FIV. No entanto, é possível fornecer qualidade de vida ao gato portador do vírus, fazendo com que ele viva bastante tempo. Para isso, é preciso que alguns controles sejam feitos em sua saúde e no ambiente em que ele vive.
Primeiramente, é necessário turbinar o sistema imunológico do gato para evitar infecções secundárias causadas por doenças oportunistas.
Por isso, uma alimentação de qualidade e um ambiente sempre limpo são essenciais. Além disso, o animal não deve ter acesso à rua e nem conviver com animais sadios, que podem ser contaminados. O convívio com outros gatinhos com FIV, no entanto, é liberado.
Outros cuidados, como a vermifugação frequente, também são fundamentais para evitar problemas que possam prejudicar ainda mais o sistema imunológico dos gatinhos.
Todas essas precauções devem ser definidas em parceria com o médico veterinário responsável pelo tratamento.
Em caso de contágio de outras doenças, é feito o tratamento de suporte com o uso de antibióticos e anti-inflamatórios, especialmente os corticoides (que não devem ser utilizados por longos períodos).
Como podemos prevenir essa enfermidade?
Como falamos acima, não há uma cura para esse problema tão grave. Por isso, a prevenção é essencial para evitar essa doença e garantir que seu gatinho permaneça saudável por muitos e muitos anos.
Não há, infelizmente, uma vacina para a prevenção da AIDS felina. Por isso, o ideal é sempre manter o sistema imunológico de seu gato bem fortalecido, por meio de uma alimentação de qualidade e os devidos cuidados veterinários, como exames periódicos e vermifugações.
No entanto, a principal medida profilática é evitar que seu gato saia para passear e entre em contato com animais que você não conhece. Essa é a única maneira realmente eficaz de manter a FIV bem longe de seu lar.
Como podemos ver, a AIDS felina é um problema sério e que traz graves prejuízos para a saúde dos gatinhos. Por isso, a prevenção e o conhecimento sobre os sintomas são fundamentais.
Em todos os casos, o acompanhamento com um médico veterinário em uma clínica de confiança é indispensável!
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